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18 de fevereiro de 2010

O Ciclo de Vida do Produto Turístico

O Ciclo de Vida do Produto Turístico  (CVP)
  • Conceito desenvolvido na década de 80
  • Adaptado posteriormente ao campo do turismo (Ilhas, Resorts)
  • Instrumento para abordagem à problemática do desenvolvimento dos destinos (1)
  • Descreve o desenvolvimento, evolução e potencial declínio de um destino turístico
 (1) O conceito do ciclo de vida pode ser aplicado a vários níveis:
turismo em geral, produto turístico e destino turístico (Jansen-Verbeke, 1994)

  
Resort: 
  • Zona ou Área de Turismo que oferece um conjunto de atracções turísticas, alojamento, restauração e outros equipamentos.
  • Pouco intercâmbio com a comunidade local (quase exclusivamente para os turistas).
  • Termo que se aplica indistintamente ao litoral ou interior.
 (Domingues,1990, Jafari 2000)

Figura 1 – O Ciclo de Vida do Produto Turístico, Fonte: Butler (1980)


  O Ciclo de Vida do Produto Turístico - 1.ª Fase - Exploração

Turistas:   

Número reduzido de turistas, amantes da natureza, gosto pela aventura.

Produto:   

Não existem estruturas criadas especificamente para o apoio ao turismo.

Os turistas são atraídos pelos recursos básicos ou primários (naturais, culturais).


Distribuição:

Não existem canais de distribuição.

O turista tem de assumir a organização.

Concorrência:

Actividades empresariais existentes (relacionadas com o turismo) são do tipo artesanal.

O Ciclo de Vida do Produto Turístico - 2.ª Fase - Envolvimento

Turistas:
O número de turistas aumenta.

Produto:
Sector público é pressionado para o desenvolvimento de infra-estruturas específicas de apoio à actividade.
São criados os serviços mínimos.
    Distribuição:
    Nada a registar em relação à 1ª fase (exploração).
     
    Concorrência:
    Nada a registar em relação à 1ª fase (exploração).

      O Ciclo de Vida do Produto Turístico - 3.ª Fase - Desenvolvimento
        Turistas:
        O número de turistas ultrapassa a população residente, em período de época alta.

        Produto:
        A oferta cresce com um razoável grau de diversificação.
        O controlo passa, de forma progressiva, da iniciativa local, para os agentes externos (internacionais).

        Distribuição:
        O turismo perde o seu carácter artesanal, surgindo operadores turísticos, indispensáveis à captação de turistas.
         
        Concorrência:
        Já faz sentido falar em concorrência.
        O aumento do nº de concorrentes pode provocar pressão sobre os preços no sentido da sua baixa.
         
        O Ciclo de Vida do Produto Turístico - 4.ª Fase - Consolidação

        Turistas:
        A taxa de crescimento do número de turistas diminui, embora ainda permaneça positiva.

        Produto:
        Aumenta a presença dos agentes externos no controlo da oferta.
        A actividade turística assume uma importância vital para a economia (emprego e riqueza).

        Distribuição:
        Nada a registar em relação à fase anterior.
         
        Concorrência:
        Nada a registar em relação à fase anterior.
         
         O Ciclo de Vida do Produto Turístico - 5.ª Fase - Estagnação
          Turistas: 
          Máximo de turistas atingido.
          Alguns turistas evidenciam níveis muito baixos do ponto de vista socioeconómico.
          Forte dependência de repetidores,
          Taxas de ocupação baixas.
          Local fora de moda.
          Imagem do resort em divórcio com o ambiente.
           
          Produto:
          O destino deixa de estar na moda, sendo reduzida a capacidade para atrair novos turistas.
          A capacidade de carga pode ter sido ultrapassada (problemas sociais, económicos e ambientais).

          Distribuição:
          Nada a registar em relação às fases anteriores (Desenvolvimento e Consolidação).
           
          Concorrência:
          Redução da competitividade da indústria.
            O Ciclo de Vida do Produto Turístico - 6.ª Fase - (3 Cenários Possíveis)
             
            A) Estabilização:Tentativa de manter o número de turistas.
            As pressões (ambientais, sociais, económicas) necessitam ser atenuadas através de acções de planeamento e ordenamento do território por parte das autoridades públicas
             
            B) Rejuvenescimento:
            Tentativa de alteração do produto.
            Pode-se assistir ao início de um novo ciclo com um aumento do número de turistas. 
             
            C) Declínio:
            Não se consegue, nem a renovação, nem a manutenção do número de turistas.
            Os recursos (ex.:alojamento) são reconvertidos para outros fins.
             
            A duração de cada uma das fases não é fixa;
            • Características do produto
            • Estratégias adoptadas
            • Acontecimentos imprevistos
            Nem todos os destinos passam por todas as fases (Cancun não passou pela fase de
            Exploração).
            Outros autores (no âmbito do Turismo) adoptaram a divisão em 4 fases (Introdução ou
            Desenvolvimento, Crescimento, Maturidade e Declínio).
             
            Vantagens do Modelo (CVP):
            Constitui uma forma de compreender as mudanças ocorridas nos destinos.
            Permite ajudar a efectuar previsões. 
             
            Críticas ao Modelo (CVP):
            Olha o destino como um produto único.
            Dificuldade em calcular uma capacidade de carga única (espacial e temporalmente).
             
            Não considera a ocorrência de factores externos que influenciam a evolução do destino.
            • Desenvolvimento de novas Atracções
            • Factores relacionados com a Procura (motivações)
            Necessidade de desenvolver investigação acerca do Rejuvenescimento e das diferentes formas de o atingir.
             
            Considerações sobre o Modelo (CVP): 
            CVP - O Ciclo de Vida do Produto constitui um conceito importante.
            Não deve ser ignorado ao efectuar o diagnóstico estratégico de determinada situação.
            Detém um papel importante como contributo para uma política de planeamento regional.
             
            Figura 2 – O Ciclo de Vida do Produto e as Políticas de Intervenção, Fonte: Ashworth e Dietvorst (1995:334)
             O Ciclo de Vida do Produto Turístico - CVP
               
            O ponto mais importante no contexto do CVP, ocorre quando se regista uma transição da
            “orientação pela procura” para uma “orientação pela oferta”.
             

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